O próximo ano de 2018 promete ser marcante para a Universidade Aberta, na celebração de três décadas da única universidade pública de educação a distância e eLearning em Portugal, sendo que os Centros Locais de Aprendizagem (CLA) estarão fortemente associados a este momento. Os eventos comemorativos e a forma como a UAb irá lançar uma série de iniciativas ao longo dos próximos meses foram a nota dominante no encontro anual da UMCLA – Unidade de Desenvolvimento dos Centros Locais de Aprendizagem com os CLA de todo o País.
Pela primeira vez, este encontro realizou-se num CLA, no caso o de Reguengos de Monsaraz, servindo essa deslocalização para corporizar os princípios de descentralização e coesão territorial que este projeto advoga. No encontro foi também possível conhecer os projetos expansionistas da rede, pela mão do vice-reitor da UAb, professor Domingos Caeiro, que tem estado intimamente ligado a esta rede e unidade desde a sua criação. Também no próximo ano esta unidade fará no próximo ano 10 anos de atividade, uma efeméride que será comemorada com iniciativas de caráter académico e de investigação, demonstrando o papel que os CLA desempenham no seio da UAb e de que forma têm servido para ajudar a tornar os territórios polos de competitividade.
Nos dois dias de trabalhos, que reuniram praticamente todos os representantes dos CLA em termos nacionais, houve naturalmente espaço para uma participação do reitor da UAb, professor Paulo Dias, entusiasta do papel destes centros na construção da rede “sem distância” que a UAb tem promovido com o seu modelo pedagógico.
O pró-reitor José Porfírio escolheu destacar o papel da UAb em projetos de I&D, afirmando que “temos que ser também uma universidade de investigação” e recordou o enorme potencial dos CLA na tarefa de ligação ao poder local que possa ajudar a alavancar projetos.
Na sua intervenção, a vice-reitora Carla Oliveira elegeu dois pilares de ação para a UAb: a qualidade e a internacionalização. Por um lado, a exigência cada vez maior de qualidade, que se irá refletir na avaliação da instituição e da formação com a chancela da Universidade Aberta. E, por outro lado, o papel que os CLA podem ter na internacionalização da Universidade, nomeadamente através da ligação à diáspora.
Este encontro UMCLA/CLA contou ainda com a presença do recém-eleito presidente do Conselho Geral da UAb, o Embaixador Eugénio Anacoreta Correia, que considera fundamental o papel dos CLA naquele que define como o nosso desafio enquanto instituição de ensino superior: “Inventar o futuro, porque o futuro não existe”.
O próximo ano deverá contar com eventos internacionais que ligarão em rede todos os CLA, como o Simpósio Fusões no Cinema ou iniciativas de promoção da educação digital nos estabelecimentos prisionais portugueses, bem como atividades associadas ao consórcio UAb/Universidade de Coimbra, que irão decorrer sob chancela da Unidade Móvel de Investigação em Estudos do Local (ELO), elo de ligação entre todos os CLA com a coordenação do professor António Moreira.