Tendo recebido o convite para desempenhar o cargo de Provedora do Estudante, foi com uma grande honra que o aceitei.
Agradeço o voto de confiança para que seja eu a dar continuidade ao excelente trabalho feito pelo Dr. Florival Pereira nestes últimos anos de provedoria.
Recordo que o Provedor do Estudante é um órgão independente, sem poderes executivos e a quem compete analisar, sempre em conformidade com a lei as questões apresentadas pelos estudantes, fazendo-as chegar aos órgãos competentes.
Desta forma, o Provedor não substitui nenhum órgão da Universidade, nem a Associação Académica. Serve sim de mediador, colaborando com os órgãos referidos, no sentido de assegurar os direitos e garantias dos estudantes, propondo sempre que se justifique, soluções que permitam melhorar os serviços prestados pela Universidade.
Confesso que me senti apreensiva com o convite, porque na minha vida sempre me pautei pelas relações positivas e de afeto. O primeiro pensamento que me surge quando penso neste cargo é o de conflito. No entanto, reconheço-me como uma pessoa sempre disponível para ajudar e que acima de qualquer julgamento se põe ‘no lugar’ do outro. Tento perceber o que o outro está a sentir, a sua real necessidade. Acredito que esta minha característica será fundamental para avaliar com imparcialidade e justiça as questões que me forem apresentadas.
Fazendo uma análise pessoal, mesmo tendo consciência de que há sempre trabalho a ser feito no sentido de melhorias constantes, a Universidade Aberta é, sem sombra de dúvida, a academia que sempre teve a visão do que seria o ensino do futuro. Disponibiliza aos seus estudantes as ferramentas adequadas a uma valorização académica de excelência.
Quando me propus voltar a estudar, foi esta a Universidade que me ofereceu as melhores condições para que pudesse concretizar este meu objetivo. Por isso sempre senti a necessidade de contribuir de alguma forma, fazendo parte de órgãos como o Conselho Pedagógico, ou sendo Delegada Regional pela Associação Académica. Aceito agora este desafio.
O estudante da Universidade Aberta não tem a sua vida facilitada. Não só pela exigência dos programas curriculares, como pelo seu perfil – adulto, com as preocupações inerentes de quem tem que gerir uma vida familiar e profissional.
O relógio não para e ele sabe muito bem disso. Tem por isso, o direito a receber um serviço de qualidade, eficiente e que o respeite. E é sobretudo por esta mesma razão que deve sentir a Universidade como sendo sua, envolvendo-se, estando atento, identificando aspetos menos positivos e fazendo-os chegar aos órgãos competentes pelos canais apropriados.
Deixo-vos então uma mensagem especial, um desafio a quem é o pilar da Universidade: a reflexão pessoal de cada um de vós naquilo que poderá ser uma melhoria para a Universidade Aberta. Eu estarei cá para dialogar e refletir convosco.
Quanto ao meu desafio, expresso-o nestes dois compromissos: o de estabelecer uma relação de proximidade e confiança convosco, e o de analisar de forma imparcial, e considerando a razão que vos assiste, cada uma das sugestões e reclamações que me façam chegar.
Ana Paula Ribeiro
Provedora do Estudante