Por ocasião do I Seminário Luso-Brasileiro “Pedagogia, Aprendizagem Online e Tecnologias Digitais no Ensino Superior” que decorreu em Coimbra no passado dia 5 de maio, foi criado o Núcleo de Estudos para a Pedagogia no Ensino Superior (NEPES), uma iniciativa conjunta da Universidade Aberta (UAb) e da Universidade de Coimbra (UC).
A apresentação pública deste Centro de Estudos no âmbito do seminário reforça o alinhamento da UAb quanto ao principal objetivo do NEPES: “reconfigurar o estatuto da pedagogia no ensino superior através do investimento na sua renovação e valorização”, como explicou António Moreira, docente da UAb e um dos mentores do projeto.
A ideia da criação do Núcleo surgiu com a intenção de dar expressão, quer à linha de investigação – Práticas Educativas e Formação de Professores – do Grupo de Políticas e Organizações Educativas e Dinâmicas Educacionais (Grupoede) do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra, quer a uma das linhas do Plano de desenvolvimento da Delegação Regional do Porto da Universidade Aberta: a Investigação e Qualidade.
Este Núcleo, de carácter transversal e interdisciplinar, será coordenado pelo Professor António Gomes Ferreira da UC e pelo Professor António Moreira da UAb, e ficará sediado no CEIS20, sendo que o trabalho de investigação a desenvolver será realizado em estreita colaboração com a Delegação Regional do Porto da Universidade Aberta, no âmbito do protocolo assinado em 2015, que estabeleceu a criação de uma Extensão do CEIS20 na Universidade Aberta.
Entre os objetivos principais conta-se a produção de conhecimento relacionado com os novos desafios que se colocam à pedagogia no ensino superior nos diferentes ambientes de aprendizagem da sociedade digital e também a análise das contribuições das abordagens pedagógicas mais emergentes.
À margem do seminário, o reitor da Universidade Aberta, Paulo Dias, salientou que “A construção de um pensamento sustentado na investigação é o caminho para o futuro da Educação” e que “Não há educação para o futuro, particularmente educação digital, sem uma sustentabilidade na investigação”, acrescentou. Para o responsável máximo da UAb, este seminário, que foi organizado com a chancela da UAb e da Universidade de Coimbra, não sendo uma iniciativa do consórcio que une ambas as instituições de ensino superior, constitui um bom exemplo de como pode ser feito trabalho conjunto.
O reitor da UAb relembrou também como a Lusofonia é uma arma educacional: “Somos 260 milhões de falantes no mundo neste momento. No final do século seremos 400 milhões. Somos a terceira língua mais falada nas redes sociais. É uma língua que não pertence a ninguém e pertence a todos os que a falam. E tem potencial enorme para produzir conhecimento. Temos que produzir ciência e alimentar esta comunidade com ciência”, concluiu.
Aceda ao vídeo do evento disponível na UAbTV.