O Centro de Congressos da Alfândega do Porto recebeu, no passado dia 3 de março, investigadores, formadores, professores e representantes do Governo para debater a questão das competências digitais. “Por um Portugal mais Digital” foi o lema da 3.ª Conferência do Fórum Permanente para as Competências Digitais, uma iniciativa do Programa INCoDe.2030. A Universidade Aberta integrou a lista de entidades convidadas a apresentar um dos seus projetos pioneiros, o Campus Digital EducOnline@Pris.
O evento, realizado anualmente, teve como principal objetivo dar a conhecer novos projetos e novas ideias que promovam as competências digitais para uma cidadania ativa, no âmbito dos seus 5 eixos de atuação: inclusão, educação, qualificação, especialização e investigação. A programação da 3.ª Conferência do Fórum Permanente para as Competências Digitais abordou temas como a inclusão digital, o desafio do digital na educação, a importância das competências digitais na qualificação e na requalificação da população ativa, a ciência dos dados na administração pública, entre outros.
“O Campus Virtual Educonline@Pris e o Desafio da Inclusão e Cidadania Digital no Sistema Prisional” foi o título que consubstanciou o projeto da Universidade Aberta (UAb) convidado a integrar o eixo da Inclusão Digital no programa da Conferência. Apresentado pelo seu Coordenador, António Moreira, o campus digital de educação, formação, empregabilidade, cidadania e inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social firmou-se como um projeto de destaque dada a sua transversalidade a todos os eixos do Programa INCoDe.2030.
Nunca esquecendo a ligação entre inclusão digital e inclusão social, e numa referência clara à própria missão da Universidade Aberta, António Moreira apresentou um projeto inovador e disruptivo em Portugal, destinado a um grupo da população à margem da sociedade digital atual. Focou os desafios e a complexidade de levar a tecnologia e o sinal digital a estabelecimentos prisionais portugueses, locais onde a segurança implica novas estratégias para a coexistência de comunidades criativas analógicas e digitais. Salientou ainda as estratégias colaborativas necessárias para a implementação do projeto, resultado da estreita parceria estabelecida entre a Universidade Aberta, a Direção Regional de Ciência e Tecnologia dos Açores e a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais que, já em 2016, estabeleciam em protocolo onde se definia a necessidade de criar um “campus virtual especificamente concebido para a população reclusa, com acesso seguro e conteúdos específicos, para o desenvolvimento de atividades no domínio do ensino e formação em Educação a Distância e eLearning”.
Março de 2020 #135