Modelo Pedagógico Virtual da Universidade Aberta

O modelo pedagógico da Universidade Aberta assenta em quatro grandes pilares:

  1. A aprendizagem centrada no estudante
  2. O primado da flexibilidade
  3. O primado da interação
  4. O princípio da inclusão digital

Estas linhas de força norteiam a organização do ensino, o papel do estudante e do professor, a planificação, conceção e gestão das atividades de aprendizagem a propor aos estudantes, a tipologia de materiais a desenvolver e a natureza da avaliação das competências adquiridas.

No centro do modelo situa-se o estudante, enquanto indivíduo ativo, construtor de conhecimento que se empenha e se compromete com o seu processo de aprendizagem, inserido numa comunidade de aprendizagem.

Cabe ao estudante um papel ativo na gestão temporal das suas atividades, na monitorização das aprendizagens realizadas, no estabelecimento de metas de trabalho e na formação de comunidades de aprendizagem modeladas pelos próprios estudantes.

Este modo de aprender permite que o estudante desenvolva a autonomia, a criatividade, adquira a capacidade de monitorizar as suas realizações e que seja capaz de planear o seu percurso de formação, preparando-o para a aprendizagem ao longo da vida.

Nesta nova forma de pedagogia – a pedagogia online – o professor surge como facilitador do processo de aprendizagem, sendo-lhe exigida maior criatividade na definição das atividades de aprendizagem e, ao mesmo tempo, que seja rigoroso e esteja atento às necessidades e dificuldades manifestadas pelos estudantes.

O modelo pedagógico da UAb entende a flexibilidade como uma variável que está na base da matriz original do ensino a distância. O estudante aprende quando e onde quiser, a qualquer hora e em qualquer lugar, sem constrangimentos geográficos e temporais. Sendo este um modelo essencialmente assíncrono, permite a não coincidência de espaço e tempo, o que possibilita ao aluno tempo para ler, processar a informação, refletir e só depois dialogar e interagir. Neste contexto, assume particular importância o fórum de discussão, enquanto tecnologia assíncrona que promove a reflexão e a partilha de informação. Não sendo necessário que os estudantes e os professores estejam online em simultâneo, os estudantes podem aprender a distância conciliando a sua vida profissional e familiar com a frequência do curso.

A existência de uma mediateca virtual, disponível no Portal da UAb, permite que os estudantes acedam a obras de referência, a conteúdos hipermédia e a diversos documentos de estudo.

Estando a interação na origem do modelo de ensino a distância, nomeadamente no que se refere à interação estudante-conteúdos e estudante-professor, o modelo pedagógico da UAb alarga a interação ao binómio estudante-estudante, através da criação de grupos de discussão no interior de cada turma virtual. Assim, a visibilidade do professor traduz-se nas interações/mensagens públicas em contexto de classe virtual e a sua eficácia é avaliada pelo tipo de mensagens enviadas, o seu valor enquanto modelo de interação e o seu contributo para a redução do isolamento dos estudantes.

A infoexclusão é hoje sinónimo de exclusão social e de marginalidade. Torna-se, por isso, imperativo que a educação de adultos a distância, na sua vertente formal ou informal, contribua para a redução do fosso entre infoincluídos e infoexcluídos digitais. Neste sentido, a UAb pretende contribuir de forma decisiva para a Sociedade do Conhecimento, apostando na preparação dos seus estudantes para a utilização dos modernos meios de comunicação e de trabalho em rede. Assume, assim, como objetivo educacional central a promoção de estratégias educativas que contribuam para a aquisição e desenvolvimento da literacia digital dos estudantes.

Ainda no âmbito da inclusão digital e tendo em conta que o ensino online exige competências específicas por parte do estudante, todos os programas de formação certificados pela UAb incluem um módulo de ambientação online, de frequência gratuita, para que os novos estudantes possam adquirir essas competências antes da frequência do curso ou do programa de formação em que se inscreveram.

Considerando que a promoção da literacia digital passa pela utilização destas ferramentas em contextos reais, a própria frequência da UAb será um fator de inclusão, contribuindo para o desenvolvimento social.

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