Investigação e Comunicação Científica no Ensino Superior

O III Ciclo de Palestras “Investigação e Comunicação Científica no Ensino Superior”, que se realiza em formato online, decorre em abril e tem como destinatários estudantes, investigadores e interessados na temática.
A iniciativa, organizada pelos Centros Locais de Aprendizagem da Madeira, Praia da Vitória, Reguengos de Monsaraz e Silves, e comissariada cientificamente por Paulo Nunes da Silva (docente do Departamento de Humanidades) e Carla Alexandra Gonçalves (professora do Departamento de Ciências Sociais e de Gestão), conta com a presença de vários oradores que debatem a promoção da ciência e o conhecimento científico em contexto europeu, a comunicação oral e a ética na utilização de imagens em ciência.
Programa:
01 de abril (terça-feira), 18h00
“Ciência Sem Fronteiras: Como a Europa Financia, Produz e Partilha Conhecimento”
André Pereira Matos (Centro de Estudos Globais – CEG | Universidade Aberta)
A palestra aborda o papel da União Europeia na promoção da ciência e da inovação, destacando as suas políticas de financiamento e acesso ao conhecimento, e inclui uma comparação com a de outras regiões do mundo. Adicionalmente, no âmbito do acesso ao conhecimento científico europeu, são ainda examinados os principais mecanismos de financiamento disponíveis, como o programa Horizonte Europa, além de recursos abertos que facilitam a disseminação do conhecimento. Por fim, discute-se a importância da colaboração para o avanço da ciência global, reforçando o papel da Europa como um dos principais polos de inovação e de desenvolvimento científico.
08 de abril (terça-feira), 18h00
“Levanta-te e fala!”
Carla Marques (Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada – CELGA-ILTEC | Universidade de Coimbra – UC)
A comunicação oral formal é uma modalidade que faz parte do quotidiano académico: apresentar trabalhos de investigação, partilhar conclusões, discutir resultados, realizar uma comunicação, proferir uma palestra, defender uma dissertação ou uma tese são passos constitutivos do percurso académico. Passos desta natureza envolvem o ato de falar em público, uma capacidade que é associada, não raro, a manifestações de glossofobia, que se podem converter numa clara limitação à partilha de saberes e à justa avaliação do esforço individual. Alguns dos fatores que inibem ou prejudicam o ato de falar publicamente são, todavia, controláveis por meio de um processo de aprendizagem que visa o desenvolvimento de uma consciência ativa das variáveis da oralidade suscetíveis de serem dominadas. Centrando-se neste âmbito, a presente sessão pretende, por um lado, promover uma análise dos planos constitutivos do oral e da sua ação semiótica. Por outro, propõe estratégias que poderão ser adotadas em diferentes situações de comunicação no sentido de o orador conseguir controlar os elementos perturbadores da partilha oral de posições ou saberes.
22 de abril (terça-feira), 18h00
“Para um Ética em Torno da Utilização das Imagens na Ciência”
Marta Simões (Faculdade de Letras – FLUC, CEAACP | Universidade de Coimbra – UC)
Na era digital, o acesso às imagens emerge como um fenómeno simples e imediato. Vive-se com imagens: partilham-se, comunica-se usando-as, produzem-se e, em certos casos, pensa-se através delas. A familiaridade com ferramentas digitais e a sensação de resposta rápida, sem posicionamento crítico, acarreta inúmeros perigos para qualquer investigação que não prescinda das imagens como objeto ou tão-só como ilustração. Nesta comunicação, enunciam-se alguns dos principais erros observados na utilização das imagens, em termos epistemológicos e metodológicos, bem como algumas estratégias com o objetivo de os corrigir e ultrapassar.
21 de março, 2025